Detectar água no óleo industrial é crucial para evitar danos a equipamentos. Saiba como realizar o teste de crepitação de forma prática e eficiente.

 

A água presente nos óleos hidráulicos e lubrificantes pode causar sérios danos, tanto aos fluidos, quanto aos equipamentos que dependem deles. 

A água, ao se misturar com o óleo, pode provocar reações químicas que degradam aditivos, oxidam o óleo base e aumentam o risco de formação de depósitos, como borras e vernizes. 

Além disso, ela é capaz de causar corrosão nas superfícies metálicas e comprometer a eficácia do filme lubrificante, o que pode resultar em danos significativos ao equipamento.

A água pode se apresentar no óleo de três formas: dissolvida, emulsionada ou livre. Dentre essas, a água livre e a emulsionada são as mais perigosas, demandando monitoramento e controle rigorosos.

Embora existam diversos métodos para detectar a presença de água no óleo, mas muitos são complexos, caros ou inadequados para o uso em campo, pois requerem reagentes químicos. 

Um método simples e eficiente para detectar água livre e emulsionada é o teste de crepitação em chapa quente. Este método básico, mas eficaz, pode alertar o operador sobre a presença de água no óleo. Confira a seguir como realizar o método com maior precisão quando não é possível aguardar o laudo do laboratório e é necessário verificar de forma mais urgente a presença de umidade no óleo hidráulico:

 

Teste de crepitação de água no óleo em campo: como saber se tem água no óleo hidráulico ou lubrificante?

Por muitos anos, laboratórios de análise de óleo têm utilizado o teste de crepitação como uma forma preliminar de triagem das amostras. Quando o teste dá positivo, outras análises mais detalhadas e caras são realizadas. Em condições controladas, o teste de crepitação pode detectar até 500 ppm (0,05%) de água no óleo, dependendo do tipo de óleo.

Dessa forma, esse método é amplamente utilizado como um teste de “passa/não passa” para indicar a presença de água livre e emulsionada. Com a prática e experiência, é possível tornar o teste mais informativo, não apenas ouvindo o som da crepitação, mas também observando visualmente o número e o tamanho das bolhas que se formam, oferecendo uma estimativa da quantidade de água presente.

Essa variação do método, conhecida como crepitação visual, depende da habilidade do operador e da prática com lubrificantes que possuem diferentes níveis de umidade. Manter uma temperatura constante de 160°C (320°F) na chapa quente é crucial para a precisão do teste. 

O uso de uma seringa de laboratório e de um agitador para homogeneizar a amostra pode ajudar a obter resultados mais consistentes. Embora esse método não substitua análises mais precisas, ele fornece informações rápidas e essenciais em campo, contribuindo significativamente para o controle da contaminação.

 

Procedimento

O teste de crepitação é uma técnica prática e direta para identificar a presença de água no óleo, desde que seguidas algumas diretrizes:

  1. Aqueça a chapa quente a 160°C (320°F) e mantenha essa temperatura constante.
  2. Agite a amostra de óleo vigorosamente para garantir uma mistura homogênea.
  3. Com um conta-gotas limpo, deposite uma gota do óleo na chapa quente.

 

Resultados Observáveis

  • Se não houver formação de bolhas ou som após alguns segundos, não há presença de água livre ou emulsionada.
  • Bolhas pequenas (0,5 mm) que desaparecem rapidamente indicam cerca de 0,05 a 0,10% de água.
  • Bolhas maiores, de aproximadamente 2 mm, que se fundem no centro da gota e aumentam até cerca de 4 mm antes de desaparecer, indicam cerca de 0,1 a 0,2% de água.
  • Para níveis de umidade superiores a 0,2%, as bolhas podem começar entre 2 a 3 mm e crescer até 4 mm, com o processo repetido uma ou duas vezes. Níveis mais altos de umidade podem resultar em bolhas violentas e crepitação audível.
  • Verifique se gases dissolvidos, combustíveis, refrigerantes ou solventes voláteis não estão presentes, pois podem gerar falsos positivos.

 

Limitações do Método

Embora útil, o teste de crepitação possui algumas limitações:

  • O método é qualitativo, não quantitativo.
  • Temperaturas acima de 160°C (320°F) podem acelerar a crepitação a ponto de torná-la imperceptível.
  • O método não detecta água quimicamente dissolvida no óleo.

 

Considerações de Segurança

Apesar da praticidade do teste de crepitação em campo, é essencial tomar precauções ao realizar o teste, especialmente ao trabalhar com lubrificantes que possam conter gases ou solventes voláteis. O uso de óculos de proteção, mangas compridas e a realização do teste em uma área bem ventilada são fundamentais para a segurança.

 

Equipamentos Necessários

Para realizar o teste de crepitação, são necessários os seguintes itens:

  • Uma chapa quente capaz de manter a temperatura de 160°C (320°F).
  • Um agitador para homogeneizar o óleo.
  • Um conta-gotas ou seringa de laboratório para aplicar o óleo na chapa quente.

Portanto, este procedimento, quando bem executado, pode ser uma ferramenta valiosa no monitoramento e controle da presença de água em óleos, ajudando a prevenir danos e a manter o bom funcionamento dos equipamentos industriais.

Faça um monitoramento constante do seu fluido para evitar paradas inesperadas ou danos nos seus sistemas. 

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