Mesmo os mais experientes com sistemas hidráulicos podem ter dúvidas sobre o serviço de Flushing Primário: o que é Flushing Primário? Quando é necessário realizá-lo? Como garantir que o serviço seja eficiente?
Por isso, apresentamos um guia prático e direto para você entender rapidamente as respostas para essas dúvidas comuns.
Quando devo realizar o Flushing Primário?
É imprescindível realizar o Flushing Primário sempre que:
- Houver corte de tubulações;
- Houver alterações nos sistemas existentes;
- For necessário fazer novas conexões em pontos anteriormente desconectados.
Todos esses critérios de Flushing Primário se aplicam a qualquer modificação no sistema hidráulico, como corte, trabalho a quente ou qualquer alteração que possa deformar ou mudar as características do sistema.
Qual o impacto de não realizar o Flushing Primário?
Qualquer deformação pode gerar partículas sólidas dentro do sistema, podendo causar danos à central hidráulica e aos atuadores, comprometendo o desempenho geral do sistema.
Para quem adquiriu o equipamento novo, isto é determinante para entregar o resultado esperado. Isso porque se você adquirir novos equipamentos e fazer a instalação sem a realização do flushing primário, você vai entregar um rendimento muito menor do que deveria, já que a eficiência será totalmente prejudicada.
Mas afinal, o que é Flushing Primário?
Realizar o Flushing Primário é utilizar uma central externa para gerar um fluxo turbulento no sistema de tubulações fabricadas ou modificadas. As tubulações são interligadas sem passar pelos atuadores, e o fluxo turbulento acima de 4 mil Reynolds em direção à parede da tubulação, a fim de arrastar o particulado contaminante.
Assim que as partículas saem da tubulação, elas passam por um elemento filtrante para serem retidas. O processo acontece em um fluxo contínuo até que totalmente ou grande parte das partículas em excesso possam ser removidas, seguindo as determinações das normas técnicas de NAS ou ISO.
Quais os parâmetros de liberação desse sistema?
Para mensurar a remoção de partículas e a eficiência do serviço realizado, utilizamos o contador eletrônico de partículas a laser, que deve ser conectado diretamente ao final do sistema. Afinal, queremos avaliar o material que está saindo do tubo para certificar se o tubo está limpo ou não.
O contador de partículas a laser fornece um relatório de antes e depois do serviço realizado, confirmando a queda de partículas no material das tubulações avaliadas. Assim, é possível avaliar uma curva linear de queda de resíduos, até que as partículas se estabilizem dentro do padrão NAS ou ISO solicitado pelo fabricante e verificar que a tubulação não está mais liberando particulados contaminantes.
Recapitulando para não esquecer e evitar dores de cabeça:
- Temos que ter uma central hidráulica externa;
- Mapear o sistema para avaliar as perdas de carga;
- Ter um fluxo turbulento;
- Monitorar o resultado na saída da tubulação.
Vale lembrar que atuadores e componentes não fazem parte do processo.
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